Photoshoot e entrevista completa para a revista Interview


Como já informado anteriormente, Katy é capa de Março da revista Interview americana com um novo ensaio fotográfico de Mikael Jansson inspirado em Elizabeth Taylor.
Confira o photooshot completo em UHQ em primeira mão, e logo depois a matéria (escrita pela Kristen Wiig) e a entrevista na integra traduzida.
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“O quão grandiosa é Katy Perry? Em uma era em que vendas de cds estão em queda livre, seu primeiro álbum, One Of The Boys vendeu mais de 5 milhões de cópias. Seu segundo, Teenage Dream, vendeu quase a mesma quantidade, mas tem uma importância maior. As vendas individuais dos singles do álbum alcançaram a incrível marca de 28 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos, impulsionado pelo seus cinco singles número #1 e o recorde igualado com Michael Jackson.
Agora, o jornada ao sucesso de Perry é conhecida. Katy cresceu em Santa Barbara, a segunda de três filhos de um casal de pastores evangélicos. Ela passou a maior parte de seus primeiros anos sendo banida de influências da cultura moderna (exemplo, sem MTV, sem Madonna, sem ovos mexidos), mas logo descobriu coisas por conta própria, entrou na música, e começou a cantar e a se apresentar em público. Ela se mudou para Nashville com sua mãe aos 15 anos, escreveu e gravou um álbum gospel, depois foi presa, depois assinou e foi recusada por outras duas gravadoras antes de pintar seu cabelo de preto, trocar sua calça jeans e camisa branca por mini-vestidos coloridos e se transformar na Katy Perry que todos nós nos tornamos familiares hoje – aquela que surgiu inesperadamente no mundo pop com as controversas  “I Kissed a Girl” e “Ur So Gay”.
Em Janeiro, o sexto single do Teenage Dream, The One That Got Away, alcançou o topo da Billboard Pop Songs Chart dando a Katy um começo de ano maravilhoso – embora o final do passado não tenha sido muito legal: Em Dezembro, o ex-marido de Katy, Russell Brand, entrou com o pedido de divórcio da cantora depois de 15 meses de casamento. Porém, Perry seguiu em frente, terminando sua turnê mundial “California Dreams” e preparando o lançamento do Teenage Dream: The Complete Confection.
De volta a sua casa em Los Angeles, depois de um voo vindo do Sudeste da Ásia, onde ela fez dois shows, Katy conversou com a integrante do Saturday Night Live e atriz do filme “Bridesmaid” Kristen Wiig sobre os novos desafios que ela enfrenta, sobre religião e porquê, apesar de ter motivos, ela nunca deixou de acreditar.
“KRISTEN WIIG: Essa é a Katy Perry?
KATY PERRY: Mais ou menos… [risos] E aí, “bunda de galinha”? Você está no meio de alguma loucura no trabalho?
WIIG: Não, nós não temos um programa essa semana. Estou em casa.. O que você está fazendo? Você está em Los Angeles?
KATY PERRY: Sim. Eu acabei de sair de um voo vindo das Filipinas umas duas horas atrás. Eu estou sendo torturada pelos meus tornozelos neste momento, eu preciso fazer algo pra me manter em pé.
WIIG: Por acaso você estava cantando e dançando em shorts pequenos?
KATY PERRY: Sim, tipo umas 15 roupas diferentes dentro de uma hora e meia… tá bom, umas doze roupas diferentes – estou exagerando. Eu fiz um show na Indonésia e outro em Manila, e esses foram os dois últimos da minha tour, que no total teve 125 shows, então estou muito cansada. E ontem também não foi um bom dia para mim por vários outros motivos. Eu briguei feio com um amigo meu que eu nunca brigo, e depois, para melhorar, bem na hora de eu subir ao palco, surgiu uma ameaça de bomba. Sabe esses cachorros dos seguranças que checam o local pelo olfato? Eles estão por todos os lugares. Eles simplesmente começaram a cheirar a bolsa que estava perto do meu camarim… Acho que eu não devia estar dando esse tipo de informação porque pode me causar mais problemas no futuro, mas foram dois cachorros na verdade… [risos]. Bem, eles me colocaram em um carro blindado, e acho que em um certo momento eu comecei a chorar porque era simplesmente muita pressão, mas acabamos descobrindo que era uma galinha dentro da mochila.
WIIG: [risos] Eu não queria rir, mas galinha é possivelmente a melhor coisa que você poderia encontrar lá.
KATY PERRY: Eu sei. Eu deveria ser mais discreta sobre isso, mas eu pensei, “um galinha em uma mochila”? Nas Filipinas? Acho que os cachorros só querem comer!
WIIG: Eu quero saber como aquela mochila foi parar lá. Será que alguém foi ao supermercado, comprou uma galinha e simplesmente se cansou de carregá-la?
KATY PERRY: Eu não sei. Eu acho que era a carne de alguém. Talvez eles estavam trabalhando e trouxeram a mochila com o almoço deles dentro dela… Enfim, como você está?
WIIG: Eu estou fascinada pela galinha dentro da mochila.
PERRY: Nós a chamamos de galinha-bomba agora.
WIIG: Por favor, será que esse pode ser o título do artigo? [Katy ri] Uhm, estou bem… Estou em Nova York. Está frio e chovendo e está fazendo um clima muito depressivo — que é o meu clima favorito, então estou muito feliz. Eu realmente não sou uma pessoa de dias ensolarados.
KATY PERRY: Sério? Eu sou uma pessoa do Sol. Mas talvez seja por isso que nós gostamos uma da outra. E você estava muito bonita nos Golden Globesby the way.
WIIG: Era a minha primeira vez lá. Eu estava um pouco nervosa.
KATY PERRY: Tudo o que eu conseguia pensar enquanto eu assistia era sobre seus planos de viagem. Você fez o SNL aquela noite e depois foi direto para Los Angeles para os Golden Globes, certo?
WIIG: Sim, mas por sorte minha e de outras pessoas, nós fomos de avião particular. Se não fosse por isso, eu não sei como nós teriamos conseguido.
KATY PERRY: Eu estava assistindo e pensando: Como ela foi parar lá?
WIIG: Eu viajei no tempo. Lorne Michael tem uma máquina do tempo.
KATY PERRY: Eu gostaria de usar essa máquina do tempo para ir a uma data específica, por favor. [risos]
WIIG: Então, eu tenho uma lista de perguntas pra você.
KATY PERRY: Eu não sabia se você ia realmente fazer sua lição de casa.
WIIG: Está brincando? Escute esses papéis. [papéis sendo folheados] Ouviu? É o catálogo de Harry & David.
KATY PERRY: Eu amo as frutas deles.
WIIG: Sim, eu estou tentando decidir que fruta pegar para Julho… Mas eu tenho uma lista de coisas que quero te perguntar. Eu sei pela minha própria experiencia e de outras pessoas do mundo das celebridades que quando você vem de um lugar de onde ninguém te conhece e de repente todo mundo sabe quem você é, existem ajustes que precisam ser feitos. O que essa experiencia significou para você? Você se sente mudada, ou você com a sua família?
KATY PERRY: Sim, é uma aproximação muito estranha… Meu plano completo é concordar em descordar e ter respeito porque na verdade nada vai mudar e eu não quero estragar a felicidade deles – mesmo que essa felicidade é ignorância. Mas sobre  a nossa proximidade? Definitivamente mudou. Na verdade mudou com todo mundo, de verdade… Bem, não como todo mundo, porque com algumas pessoas nunca vai mudar. Mas eventualmente nossos pais chegam a uma certa idade em que eles se desapegam e deixam tudo sobre sua responsabilidade, que você está bem, e que finalmente eles acertaram de alguma forma. Então eles envelhecem, e você toma conta deles. E é isso o que eu sempre quis: ter o bastante para ter certeza que todo mundo da minha família tem o necessário. Eu não cresci querendo alguma coisa, então agora a idéia de crescer sabendo que eu posso cuidar dos meus amigos e família é um bônus muito legal.
WIIG: Isso diz muito sobre você como pessoa.
KATY PERRY: Eu estou apenas tentando ser uma boa pessoa.
WIIG: Está funcionando. [risos] Não, eu só queria dizer que, obviamente, nossas situações são diferentes de várias maneiras, mas quando eu contei aos meus pais que eu queria isso para a minha vida, eles me apoiaram claro, porque eles são meus pais. Mas eu aposto que na verdade eles estavam cagando nas calças. Eles estavam super preocupados. Quero dizer, meu pai trabalhou para uma grande empresa por um bom tempo.
KATY PERRY: Então você não tinha uma casa aonde você se encaixava.
WIIG: Não, não tinha. Eu diria que nós éramos classe média alta/média – algo entre esses dois.
KATY PERRY: Você era rica.
WIIG: Eu não era rica.
KATY PERRY: Bom, você era mais rica que eu… Eu só quero ter certeza que fique claro que eu tive um começo muito difícil e que eu trabalhei pra ter tudo o que tenho hoje!
WIIG: Mas, sabe, agora meus pais não precisam se preocupar comigo mais, eu sinto um peso a menos sobre os meus ombros. Um pouco menos…
KATY PERRY: Sendo sincera, deveria ser uma coisa a ser cuidada com cautela pelos pais. Infelizmente, eu acho que muitas pessoas são afetadas pela idéia da fama do que pelo trabalho. Muitas delas só querem ser aquele tipo de pessoa que aparece na TV mas que não faz nada. E se eles realmente tivessem um talento, seja escrever, atuar, ou criar… bem, é difícil. Mesmo que você tenha a intenção de fazer algo criativo ou especial com a sua vida, é difícil. Quero dizer, olhe para o número de pessoas que tem uma oportunidade de verdade.
WIIG: É isso o que eu sempre digo a mim mesma. Eles ficam tipo “Bem, os números…” Na melhor das formas de te falar isso, eles diriam que a chance de você conseguir não são realmente muito boas.
KATY PERRY: Sim! Eu meio que enfiei na cabeça dos meus pais que eu queria fazer isso quando eu tinha 9 anos. Eu não desisti. Era como “Eu quero! Me dá!”
WIIG: Me corrija se eu estiver errada, mas você foi pra Nasville quando tinha 14/15 anos certo?
KATY PERRY: Sim. Meu primeiro cd foi um cd gospel que eu gravei lá. Eu estava sendo guiada musicalmente por um monte de pessoas que obviamente eram mais talentosas e preparadas que eu era, então eu só estava querendo aprender com elas as artes de escrever músicas – tipo como fazer uma música acústica, ritmos country, no qual eu gosto porque tem muito história por trás dele. Embora eu não tenha me envolvido diretamente com música country, eu entendo porque existem um público tão grande para ela. As músicas tem uma parte I, parte II e parte III. Então foi assim que comecei. Existe esse pequeno lugar em los Angeles chamado Hotel Café em que muitos artistas iam para tocar músicas acústicas. Tinha uma garota chamada Sara Bareilles que ia sempre. Aliás, faz muitos anos que eu não passo por lá…  mas foi ai que eu comecei a tocar de verdade. Na verdade eu comecei a tocar em Santa Barbara nos mercados de lá, eu pegava meu violão e testava minhas músicas para o público do local.
WIIG: Bem, nós temos algo em comum porque eu já trabalhei no mercado vendendo pêssegos.
KATY PERRY: Finalmente, algo em comum!
WIIG: Era esse mercado que você cantou uma vez em cima de um palco? Me descreva melhor.
PERRY: Não, era mais um ambiente orgânico, hippie-dippie, onde existia aquele carinha que tocava violino no canto com uma mala aberta onde as pessoas jogavam as notas altas, e depois no outro canto eu estava tocando minhas primeiras músicas onde as pessoas apenas jogavam abacates, ou, se eu estivesse com sorte, uma nota de um dólar.  Tenho certeza que depois de um certo tempo eu peguei hepatite por causa de uma nota de 1 dólar que estava dentro de um abacate podre. [Wiig ri] Mas no Hotel Café foi aonde eu acabei indo em Los Angeles. Eu sempre quis fazer algo como um cd acústico. Meu cd favorito é um cd da Patty Griffin que eu descobri enquanto estava lá chamado Flaming Red.
WIIG: Eu amo Patty Griffin.
PERRY: Esse é meu álbum feminino favorito de todos os tempos. Esse e aquele da Fiona Apple que tem a música “Criminal”.
WIIG: Essa á uma bela música de karaokê. O cd se chama Tidal, certo?
PERRY:  Tidal! Sim. Eu faço algumas coisas acústicas no meu show, algumas músicas. Mas é algo em que eu estou realmente animada porque eu sei que posso fazer mas ainda não tive a chance. Eu estive pensando sobre meu futuro e sobre qual é o próximo passo que preciso tomar sobre o que quero fazer. Eu acho que seria muito estúpido tentar re-fazer todo o sucesso que esse último álbum teve… talvez seja hora de fazer algo diferente e que não possa ser comparado. 
WIIG: As pessoas ás vezes ficam um pouco criticas demais quando elas tentam fazer algo que elas normalmente não fazem, ams eu acho que é uma coisa natural para os artistas. É como, “Ok, eu fiz isso, agora eu quero tentar isto”. Quero dizer, as pessaos ficam tão surpresas que eu digo que quero fazer um filme de drama. Elas não podem ter essa idéia em suas cabeças.
PERRY: Bom, se você continua fazendo o mesmo papel, você será rotulada. Eu apenas sinto que serei criticada de qualquer forma não importa o que eu faça a seguir, então contanto que eu faça algo que eu realmente amo, tudo está bem. Eu nem sei se eu posso re-criar o Teenage Dream – assim como você não sabe como você poderia de alguma forma recriar o “Bridesmaid”.
WIIG: Exatamente.
PERRY: Então talvez você precisa tentar algo diferente – pelo menos por enquanto. É isso que espero que eu possa fazer. As pessoas tentaram fazer várias coisas comigo no início da minha carreira onde eles tentavam me transformar em uma coisa ou outra, sabe? Quando eu estava em outras gravadoras que eventualmente me demitiram. Eles não queriam arriscar e ir com a minha visão – que era na verdade minha intuição, na verdade. Mas finalmente a Capitol disse “Nós simplesmente vamos com o quê você sabe. Você parece ter um belo grupo de garotas por perto, e as pessoas estão respondendo a sua música.” Então eles me deram uma chance sem ficar estudando as possibilidades e fazendo pesquisas de mercado, e funcionou. Eu acho que muitas vezes a burocracia é só merda. A maioria das pessoas nem mesmo sabem o que elas querem até verem algo novo. Quero dizer, quando eu vim pra L.A. pela primeira vez, eu costumava fazer testes, e eu tinha tanto medo porque ninguém realmente acreditava na minha música. Eu não conseguia nada. Mas agora eu tenho uma confiança porque eu simplesmente segui meus instintos.
WIIG: É tudo o que se pode fazer.
PERRY: Eu acho que isso realmente ressoa para as pessoas. Se você está vindo de um lugar honesto e está fazendo as coisas pelas maneiras certas, as pessoas conseguem ver. Crianças também são muito espertas hoje em dia. Eles sabem quando tem um “phony bologna” falso por aí. Especialmente na música, quando eles veem algo que está sendo “fabricado” a eles, eles percebem. Eles dizem “Aquela garota é uma merda”
WIIG: Eu cresci ouvindo muitas músicas que na verdade me lembram das suas músicas, Go-Go’s, Madonna, Toni Basil – músicas alegres e divertidas.
PERRY: Bem, minha música está prestes a ficar realmente bem ‘dark’, então… 
WIIG: [risos] Eu quero que você faça um cover de Smiths pro seu próximo álbum e faça um vídeo onde será só você olhando pela janela e estará chovendo. Você estará usando um véu preto.
PERRY: Vai ser in-crível. Você nunca verá meu rosto porque meu cabelo cobrirá ele.
WIIG: Mas você foi influenciada por algumas dessas pessoas que eu mencionei? Tenho certeza que as pessoas perguntam toda hora se você foi influenciada pela Madonna, mas que tipo de música você ouvia quando era mais nova?
PERRY: Eu não podia nem mesmo falar “Madonna” na minha casa. Ela estava passando por tantas coisas naquela época. Um dia ela lançava um livro de sexo e no outro ela fazia um álbum introspectivo chamado Ray Of Light. Ela deixou tantas impressões visuais nas pessoas, e acho que pros meus pais, e suas crenças, a idéia que eu seria influenciada por ela sendo tão nova era muito assustadora. Mas, é claro, quando você não pode ter uma coisa, ela é tudo o que você quer, então quando eu ia para as casas dos meus amigos, a primeira coisa que eu dizia era “Ligue na MTV!”
WIIG: Como estávamos dizendo antes, quando você começou, os números estavam contra você. Agora, você tem aqueles momentos em que, você pensa, “eu consegui”?
PERRY: Sim, toda vez que eu saio do meu quarto, tem um grande espelho na porta… [risos] Brincadeira, mas eu realmente fico feliz. Eu sinto como eu tenho bastante e ajudo bastante – e não estou falando de números ou dinheiro, embora eles estejam lá. Eu provavelmente trabalho mais ainda do que quando eu estava tentando trabalhar, sabe? Isso é estranho de acontecer. Você consegue, e você pensa, “Oh, eu vou ser entrevistada por Robin Leach em uma matéria sobre a vida dos famosos” mas você nem mesmo tem tempo para fazer a entrevista porque você está trabalhando.
WIIG: Agora, em uma pergunta similiar, você está fazendo isso para o público… Eu não quero estrar dentro de tabloides e paparazzis, mas algumas pessoas sentem que, se você é famoso, então o público tem o direito de saber cada detalhe sobre sua vida pessoal e…
PERRY: Mas isso não é verdade. Quem escreveu essa regra? Ninguém. Isso é apenas alguém tentando fazer você parecer egoísta. Eu soube de uma história do Elvis Presley. Aparentemente, se Elvis saia em público, ele tirava fotos com todo mundo que pedia. Não importava o quê, ele sempre tirava. Mas eu penso comigo mesma “É claro que ele tirava, era 1950. Quase ninguém tinha uma câmera.”  Talvez ele encontrasse uma ou duas pessoas que tinham uma câmera, mas não é como hoje em dia que todo mundo tem uma. Eu acho, para mim, quando se trata de conhecer meus fãs e essas coisas, eu sempre tento fazer tudo e qualquer coisas que eles querem. Rim, transfusão de sangue, fígado – Você quer? Então você tem. Mas quando se trata sobre apenas adultos, é um pouco diferente… Mas se eu não estou trabalhando, digo outra vez, eu sou cautelosa. Hoje por exemplo, eu não estou trabalhando e decidi ir tomar um café, e tem paparazzis bem na minha cara. Eu realmente não sei qual foi a última vez que em que eu sai tranquila. Eu acho que é nojento. O que eu quero ser é uma cantora e compositora. Eu quero estar no palco, eu quero que o mundo ouça minha música. O preço da fama é realmente nojento. Mas fama não é o mesmo de criatividade, e a razão pela qual estou aqui é porque quero criar.
WIIG: Não poderia concordar mais.
PERRY: Mas eu nunca vou tolerar mesmo – especialmente quando se trata da minha vida pessoal ou minha familia. Quando estou trabalhando, sou toda sua. Mas quando não estou, saia da po*** do caminho. É assim que é. Então quem quer que tenha dito isso sobre você ser famoso e ser obrigado a dividir tudo com o público… Não é uma lei, e se você acha que é uma lei, você não sabe como o mundo funciona.
WIIG: Eu nem posso comparar as minhas experiências com as suas, mas é chocante. O publico não quer te ver reclamando dos paparazzis na sua cola.
PERRY: Eu não acho que estamos reclamando. Estamos apenas esclarecendo. Não estou reclamando mesmo. Eu digo isso da forma mais grata de todas, mas eu sei que existe um lado ruim para tudo, para todo trabalho, mas eu aprendi bastante sobre o que é sacrifício e que essa é uma palavra chave quando se trata desse mundo. Você tem que estar preparado para realmente fazer esse sacrfício.
WIIG: Parece que você está lidando muito bem.
PERRY: Valeu… é verdade.
WIIG: Você quer fazer mais filmes? Você quer atuar mais?
PERRY: Eu não fiz realmente um filme, quer dizer, só fiz a voz da Smurfette
WIIG: Essa é realmente uma pergunta muito boba, mas mesmo assim quero saber a resposta dela. O que você estará fazendo quando você tiver 80 anos de idade? Você se vê na Flórida, toda bronzeada e fazendo um passeio de barco?
PERRY: Eu sinto como se existissem tantas coisas para se fazer quando você é uma velha de 80 anos de idade. Eu sinto como eu pudesse estar na Florida num tipo de viagem saudável onde eu apenas ando de bicicleta e curto a praia, com um assento especial para idosos e comida delivery especial – que é mais ou menos como eu estou vivendo agora. Aonde você se vê com 80 anos? Seu cabelo ainda vai estar caindo?
WIIG: [risos] Sim. Estarei completamente careca. Eu provavelmente serei aquelas moças que ficam o dia todo no supermercado. Isso, ou quero ser aquelas de Nova York que usam batom vermelho e andam todas de preto o dia inteiro. Então… finalmente, quero falar com você sobre algo que você gosta e que com certeza ficará feliz em ouvir, Aliens.
PERRY: Você gosta de Aliens?
WIIG: Oh meu Deus.. Eu amo Aliens, eu falo tanto sobre isso.
PERRY: Então temos dua coisas em comum!
WIIG: Eu falei  tanto sobre isso nas gravações do meu último filme que eles comparam um documentário sobre Aliens pra mim em DVD.
PERRY: Oh, sério? Bem, eu enviei uma cesta cheia de presentes pra muitas pessoas no último natal com algumas das minhas coisas favoritas, e a primeira temporada de Ancient Aliens estava incluida com certeza. Tinha uns 50 DVDs dele. Sabe aquele cara que apresenta o programa?
WIIG: Aquele com o cabelo arrepiado?
PERRY: Sim. Existe tipo um remix online com as melhores frases e tipos de cabelos dele … é tão bom. Eu fiz todo mundo da minha turnê assistir. Estou obcecada. Eu também acho que sou fascinada por isso tipo de coisas por conta de como eu cresci, onde tudo era tão preto e branco. Agora estou vendo muito mais cores no mundo – e fazendo mais perguntas – então estou interessada em coisas que estão ao infinito e além dos nossos conhecimentos. Eu espero, embora, que quando os Aliens venham me pegar, eles me reconheçam. Vou falar: “Por favor não me mate. Eu escrevi uma música chamada “E.T.!”

Fonte: KPBR

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