Crítica da Billboard: Katy Perry está virada para a lua

A revista de música mundial Billboard é famosa também por escrever críticas relacionadas aos cantores do mundo Pop, e a Katy Perry é claro, não poderia ficar de fora das críticas da revista musical. E dessa vez, a revista resolveu aplaudir o que deu certo. Vamos ver o editorial de crítica escrito por Monica Herrera destinado a katy Perry.

Existe um fator “x” no mercado pop. Um brilho, um quê a mais. É preciso causar reações, sejam elas favoráveis ou não.

Katy Perry é a número 1 com “California Gurls”, “Teenage Dream” e “Firework”. Confesso que quando ela surgiu, fiquei desconfiada . Achando que ela seria sempre lembrada como a garota que beija outras. Me enganei feio. “Hot’n’Cold” me conquistou, seguida da baladinha gostosa “Thinking Of You” e “Waking Up In Vegas” que fechou o ciclo de singles do seu primeiro álbum.

O mais bacana neste lance da Katy é a evolução, tanto vocalmente como em sua performance como um todo. Vamos esquecer o crime cometido contra “Like a Virgin” no VMA 2007! Depois do MTV Unplugged, Katy mostrou significativa evolução vocal. A partir de “California Gurls”, ela não apenas executou um golpe de mestre colocando sua canção como hino do verão americano, mas provocou sensação. Aos montes surgem versões para a faixa. “California Gays” é o preferido da cantora, mas tem para todos os gostos e faixas etárias – sim, vovôs resolveram dançar e compartilhar com o mundo, o por quê ninguém sabe…mas enfim.

Sobre discussão acerca de “TiK ToK”, eu me abstenho. A canção tem seus méritos, não é número um por acaso. Além do mais o videoclipe com o “vilão” Snoop Dogg é divertido e colorido na medida certa.

Todo popstar que se preze tem que ter seus bafões e conteúdos… tem que saber se reciclar mesmo. Sobrevivência é o “x’ da questão. Sinead O’Connor até hoje suspira de saudades de seus tempos áureos – joga no Google o nome da moça, porque agora eu peguei pesado com a antiguidade do fato.

Katy Perry veio para ficar por ter despertado este interesse no público. O que era para ser uma resposta a Jay-Z, Alicia Keys e os nova-iorquinos, tornou-se o grande hit do momento. Katy Perry conseguiu formular a equação perfeita.

Depois veio “Teenage Dream” e aguçou todos os sonhos molhados de adolescente, ou como ela mesma queria: “Eu queria mesmo é que o álbum se chamasse Teenage Wet Dream [Sonho Molhado de Adolescente]”; e fez com que todos cantassem à adolescência, re – vivenciando os tempos bons, assim como Cindy Luper já havia feito com “Girls Just Wanna Have Fun”; mas Katy Perry conseguiu ser mais profunda e festeira.

Depois ela lança “Firework”, acendendo as luzes, ou melhor, os fogos de artifícios que existem em nossos corações, fazendo perceber a essência que cada um de nós temos, mesmo que isso já tenha sido explorado por Christina Aguilera e sua indomável “Beautiful”, Perry consegue ser mais comovente e ao mesmo tempo alegre, mostrando que as diferenças nos fazem ser nós mesmo, e que o mundo precisa disso.

Para o atual momento da música, não vejo outro espelho de grandes nomes, nem grandes estravagâncias conseguem suprimir o verdadeiro significado da música, não precisamos mais de enfeites coloridos, recursos vocais ou letras provocativas, o que estamos em busca nesse cenário da música mundial é da essência musical, essência esta que Perry nos mostra transbordar. Katy Perry está virada para a Lua!