Entrevista traduzida e fotos: Katy Perry para a Vogue

Entrevista traduzida e fotos: Katy Perry para a Vogue
Sem delongas, leia abaixo o artigo traduzido na integra de Katy Perry para a Vogue. A matéria toda (feita por Vicki Woods), está muito interessante, Katy fala sobre sua vida pessoal com John Mayer, Russell Brand, álbum novo e diversas outras coisas. As fotos do ensaio fotográfico podem ser vista clicando aqui. Confira:
Deixando a inovação Pop e corações partidos para trás, Katy Perry se tornou um talento formidável.
San Ysidro Ranch é um refúgio no país do vinho no sul da Califórnia, onde a maioria das celebridades se aglomeram. Os sopés de Montecito formam um cenário espetacular com todos os edifícios encantadores, e em um lindo dia é um belo lugar para esperar por alguém que está preso no trânsito de Los Angeles. Então, quando Katy Perry chega com o motor roncando como se fosse uma garota de James Bond em seu carro vermelho-claro Maserati GranCabrio Fendi, e estaciona, é como o inicio de um filme.
Eu adoro mulheres que podem dirigir como James Bond (especialmente levando em conta que ela será minha motorista o dia todo). Porquê ela comprou um carro Maserati? — Perry diz — ”Porque eu não gostei do Porsche, e esse é alugado”. Ela está usando um vestido bem feminino… floral, com vários tons de cor de malva — é vintage? Ou é um vintage inspirado nos vestidos da década de ’60? Ela balança a cabeça: “Ah! É só um… um vestido que eu encontrei” — ela diz. “Um desses vestidinhos que todo mundo tem. Que você apenas joga no corpo e pronto, está vestida.” — e esses são sapatos de baléRepetto em seus pés? Na mesma tonalidade de laranja claro do esmalte de suas unhas? “Sim, senhora. Fácil de colocar e tirar.” E esses seus cabelos pretos exuberantes? Ela dá risada. “Provavelmente  presente de um voo direto da Índia”.
Como na organização de uma marca global gigante, ela é a chefe, a gerente, e ela se comporta como uma: ela já tem todo o itinerário do dia planejado para nós. Agora, nós vamos caminhar brevemente no jardim onde as montanhas aparecem para ela poder apontar para mim a trilha que ela usará para sua subida amanhã (ela faz uma escalada de 2 horas duas vezes por semana). Depois ela nos levará para almoçar no La Super-Ricaem Santa Barbara, seu restaurante de Tacos favorito. Oprah já elogiou o lugar, ela diz, e também Martha Stewart: “É super único e muito barato”.
Após o almoço, ela preparou uma excursão exclusiva pelos amáveis cactos dos jardins de Lotusland, uma propriedade importante que ela quer que mais pessoas conheçam. Ela tem casas em New York e Los Angeles, mas Santa Barbara é a cidade natal de Perry; acho muito fofo que ela esteja agindo como uma semi-embaixadora para o Sul da Califórnia, com uma de suas ocupadas mãos.
Sua outra mão está no meio dos preparos para seu terceiro álbum pop — (seus outros álbuns a enriqueceram $45 milhões de dólares por ano, segundo a Forbes) — mas ela não quer falar sobre isso: ela até se arrependeu de ter dito as palavras “metade pronto”, que é quando ela descreveu o álbum pela primeira vez, “isso é demais para um início”. Ela é cuidadosa. Mas será que ela nunca se intimidou pela pressão enorme que ela sofre? “É claro que eu sofro” — ela diz pacientemente. — ”e quando eu estou entre os álbuns, às vezes eu duvido de mim. — Eu penso: acabei de ter muita sorte, ou a pressão foi tanta que fez o mundo pensar que sete de minhas músicas mereciam o primeiro lugar? — E então eu volto ao estúdio e começo a escrever, e a verdadeira essência de quem eu sou sobe borbulhando de volta e me lembra que sempre esteve dentro de mim, que ninguém pode tirar isso daqui não importa o que digam. Vai continuar lá porque eu nasci com isso e é para isso que eu trabalhei a minha vida toda.”
Hoje é Sábado: Domingo ela voará para Cancún para divulgar o novo filme dos Smurfs (ela é a voz de Smurfette. Ela gostaria de treinar suas habilidades como atriz mais profundamente depois); na próxima semana ela será fotografada para a Vogue — o resultado está nessas páginas; depois ela vai para a cidade de New York para o lançamento de seu terceiro perfume. Depois de Purr e Meow! ela escolheu batizá-lo de “Killer Queen” (ótimo nome: escolhido porque quando garota, ela adorava o jeito do Queen e achava que Freddie Mercury “realmente sabia como a mulher era”). Ela vai comparecer ao evento de gala MET Ball, que esse ano celebrou os anos punk. Ela sabe o que vai vestir? “Dolce & Gabbana” — ela diz — com os olhos brilhando. “E uma coroa.” E ela também acabou de voltar de uma viagem como embaixadora da UNICEF em Madagascar, o que não foi fácil. Solicitada para escolher entre duas áreas em emergência, ela preferiu Madagascar, que focava mais nos problemas das mulheres e bebês, e não Rwada (que focava mais em AIDS/HIV). A pobreza absoluta a atordoou, que é o ponto da viagem: ver o quão resistente a celebridade é. Da minha visão, julgando pela filmagem oficial de Perry brincando com crianças envergonhadas, eu diria que ela é corajosa o suficiente para usar sua forte imagem pública em prol da UNICEF.
Katy é uma companhia excepcionalmente doce. Outra coisa que me faz ama-la, ela me salvou do meu novo gravador de voz (pequeno, japonês, comprado às pressas minutos antes da gente se encontrar para a entrevista, o que significa que as configurações dele são bem diferentes do que eu quebrei esta manhã). Quando eu finalmente consegui ligá-lo, eu não consegui saber se estava realmente funcionando. “Oh meu Deus, está gravando? Está funcionando?”
Perry pegou-o de minha mão, apertou os botões com ambos os polegares e disse “Agora está!”. Em seguida me entregou de volta e riu descontroladamente da minha cara paralisada. Com uma voz melodiosa ela diz: “Eu seeeei, as crianças de hoje e suas tecnologiiiias…” Ela tomou o gravador de minhas mãos várias vezes ao longo do dia, para checar se estava realmente gravando. Ela tem 28 anos, é mais nova que minha filha mais nova, mas ela é a chefe aqui. Eu falo para ela, a única outra pessoa entrevistada por mim que conseguiu assumir o controle do meu gravador de voz foi o cantor Luciano Pavarotti, e isso aconteceu simplesmente porque ele era tão gordo que meu braço (que segurava o gravador) não conseguiu esticar através do peito gigante dele e alcançar, então ele mesmo o segurou. Perry também usa esse método de gravação em seu notebook, para se gravar e gravar fragmentos de músicas que ainda está compondo, e para minha alegria ela mostrou-me uma, disse que era para um “pequeno experimento: ainda está bem cru, mas já está intitulado de ‘Bad Photographs’, porque a ideia é que quando pessoas estão em um relacionamento, eles apenas tiram fotos quando estão felizes, e algumas vezes quando o relacionamento acaba você percebe que teria sido importante tirar fotos de momentos tristes. Então eu tive essa ideia” Sua voz então começa a soar de dentro do player.
— ”Looking back we should have taken photographs… of all the unhappiness… coz now my mind’s playing tricks on me… I forget we are not meant to be…” — Click. Então a música para e começa de novo do começo.
“Você entendeu o que eu quero dizer? Eu escrevi essa parte da música ontem à noite. “É assim que eu escrevo músicas.”
A fila do lado de fora da Taqueria era grande, e nós tivemos que esperar provavelmente por 20 minutos. “Aqui é La Super-Rica” – Katy brinca, “mas eu costumada vir aqui quando eu era super pobre também.” Ninguém é dono desse espaço aqui fora, então as pessoas nem pressionam, mas a partir do minuto que você passa da porta, a multidão de fotógrafos amadores cresce progressivamente. Várias e várias vezes Perry disse “Claro” em um tom positivo e então ela posa com um sorriso brilhante, abraçando pessoas ou dando a mão para crianças, e então eles dizem “Obrigado!!” no mesmo tom de voz. Um homem com sua família de seis membros disse para Katy “OK, agora faça um solo!” ele não pediu, mandou. Ela disse não. Minha gravação está cheia de vozes dizendo: “Você está vendo aquelas duas meninas que estão chamando ‘Katy, Katy’? Estas são as minhas filhas, elas querem dizer Oi”, embora as crianças em sua maioria não dizem Oi, mas simplesmente olham com seus grandes olhos redondos. Ela trabalha muito e seus modos são perfeitos, mas a pressão é demais.
Quando eles chamaram o nosso número – Vogue e Katy brigam pela posse do pequeno recibo; Perry ganha – nós nos sentamos e comemos, e então ela fica em paz. A comida estava extremamente boa e ela ficou contente por eu ter saboreado um Taco caseiro com muito prazer. “Quando eu era mais nova, eu costumava participar da comunidade de Surf e Skateboard — ela disse. “E depois de um longo dia sentindo o gosto da agua salgada na boa, tinha que ter um Taco”Isso sempre, sempre era a comida certa a comer.” Ela aponta para a janela. “Logo ali tem um bazar de caridade que eu costumava ir após comer aqui. Almoço e um novo vestido.” Ela então me convida para comer uma pamonha, e eu com medo de comer e ser ruim, mas acabei encontrando outra delícia. — Ela disse — “Estávamos habituados a receber senhoras quando morávamos aqui – senhoras hispânicas na igreja – que apareciam e deixavam coisas em nossas casas aos Domingos. Isso era legal, era uma das vantagens.” Eu estou achando que não havia muitas vantagens. Não, ela diz, havia poucas e raramente.
O garçom trouxe Horchatas, a qual ela estava preocupada de eu comer e não gostar, mas o gelo e a espessura leitosa sabor canela é fabulosa para especiarias e pimentas fortes.“Você gosta de canela?” — Ela pergunta — Eu gosto, respondo. Esse era o cheiro da América quando eu vim pra cá pela primeira vez, nos anos 80. Todo o café que eu já bebi nos Estados Unidos parecia ter um pouco de canela em cima, eu contei a ela, antes doStarbucks mudar tudo. Perry (que nasceu em 1984) fica com uma cara de espanto e sussurra: “Como você vivia antes de inventarem o Starbucks?” e então, “Como você lida com queijos e essas coisas?” Eu digo a ela, eu estou bem gorda nesse momento, e então ela brinca, “Ah, sim.. e eu mal posso passar pela porta”.
Esse é o porquê Russell Brand se apaixonou por ela por um minuto e meio, penso eu, por todo esse jeito de palhaça, alegre, adulta/criança que ela tem. Quando eles estavam ambos apaixonados, eles deviam ser como Hepburn e Tracy. Brand era “o homem mágico” quando ela o conheceu há quatro anos atrás, ela disse, e ele sempre pareceu um pacote romântico completo — um menino épico com seu cabelo grande estilo Regency, pernas magras de Tudor e Codpiece e uma imprudência no estilo de Wuthering Heights (referindo-se a personagens épicos). “Ele é um cara muito inteligente, e eu realmente o amei quando casei com ele.” — Katy diz — “Digamos que eu nunca mais escutei falar dele desde quando ele me mandou uma mensagem dizendo que ele estava se divorciando de mim em 31 de Dezembro de 2011.”.
Eu murmurei algo sobre a reputação de garoto malvado de Brand, mas adicionei que, em sua terra natal, a Inglaterra o perdoa porque ele é histericamente engraçado.  Ela respondeu: “Histericamente em alguns aspectos. Até ele fazer piadas sobre mim sem saber que eu estava na platéia, por que fui surpreendê-lo e um de seus shows. Então… histericamente engraçado até certo ponto, quero dizer, eu tenho que assumir responsabilidade no que fiz. Eu realmente ficava na viajando por muito tempo. Mas eu sempre o convidava para vir junto, e tentava voltar para casa o máximo que podia.” Você viu que no filme ‘Katy Perry: Part of Me’, um documentário lançado no ano passado que arrecadou mais de 32 milhões de dólares mundialmente até a presente data, abrange o período antes, durante e depois de seu tempo com Russell. “Nada foi editado para ficar de fora, nas filmagens quase não haviam imagens dele.” O casamento durou 14 meses.
“No começo quando o conheci, nós queríamos as mesmas coisas e sermos um só, e eu acho que homens decididos sempre querem ser um só, mas depois que eles atingem esse status de igualdade eles simplesmente não conseguem lidar com isso.  Ele não gostava da atmosfera de eu ser a chefe das coisas enquanto estava em turnê. E isto era uma coisa muito dolorosa e controladora, era perturbador. Senti que o término tinha sido apenas responsabilidade minha, mas então descobri qual foi verdadeiro motivo disto ter acontecido, que não quero revelar aqui pois prefiro guardá-lo em segurança comigo pros dias chuvosos. Eu simplesmente relevo e penso: Isso não aconteceu por minha culpa, está longe de ser por minha causa. Então, eu simplesmente superei tudo isso.”
Você já esteve em outros relacionamentos desde então, disse isto depois de ter lido vários artigos e coisas de sites, que ela estava saindo com o músico John Mayer de uma forma discreta. Ela disse sim. E está permanentemente acabado? “Está acabado.”. Meu Deus, eu tinha esta ideia dos típicos leitores de tabloides que ela só estava saindo com Mayer para ter um tipo de vingança com Rusty Brand mas ela logo me cortou dizendo: “Não, eu não estava fazendo por vingança. Eu estava loucamente apaixonada por ele. Eu ainda sou loucamente apaixonada por ele.” Por John Mayer? Isto definitivamente não era o que eu esperava ouvir. “A única coisa que posso dizer em relação a este relacionamento é que ele tem uma mente brilhante.” ela disse “Mente brilhante, alma torturada. Eu queria descobrir porque sempre sou atraída por esses pássaros danificados”.
Quando o almoço acabou, partimos para Lotusland, um lugar surpreendente se você é um fã de jardins botânicos (que na verdade eu sou, mesmo não reconhecendo uma bromélia se uma entrasse no meu jardim). Perry ama Lotusland. Embora aquela fosse sua terra natal, ela descobriu a propriedade apenas recentemente, através de seu designer de interiores (do artigo baseado em LA, apresentado na edição de maio da Vogue), e ela fez amigos por lá para mostrar a área. O fascínio do lugar para Perry é a fundadora dos jardins, Ganna Walska, uma mulher polaca de grande beleza e notoriedade (uma combinação irresistível por milênios), que teve seis maridos, algum talento como cantora, e (finalmente) vastos potes de dinheiro para sua plantação de cactus. Nós exploramos sua casa, bem como, seu guarda-roupas, bem como suas roupas que não se achavam nem no Los Angeles County Museum of Art. Nós até provamos uma ou duas coisas, com muito cuidado.
De volta ao San Ysidro Ranch, onde Perry estava hospedada a noite, nos sentamos na casa Old Adobe, e ela falou sobre amor, trabalho e sobre o que a vida se trata. Katy Perry é velha o suficiente, eu acho, que a sua infância estranha (aspectos que têm sido bem documentados) já está bem no passado para que os eventos que aconteceram nela tenham sido perdoados e esquecidos.  Ainda assim, parece ter deixado uma grande sombra. Seus pais, Keith e Mary Hudson, era ministros evangélicos peregrinos, não remunerados e apenas contando com a renda levantada pela congregação. Perry disse que houveram ótimos momentos, e momentos em que eles dependiam de vale-refeições. O ambiente em casa, diz ela, “não era divertido”. Referenciando o preceito bíblico de não poupar a vara para a criança não ser estragada. Ela me disse: “Meus pais não poupavam a vara”. Ela nasceu em 1984 no século XX, não era um pouco tarde para o castigo físico ainda ser usado? Ela disse: “Não necessariamente, se você vem de uma família que crê na Bíblia com um pai que nasceu no Sul” (ele nasceu em Memphis), ela disse que desenvolveu TOC e que isso se originara de seu desejo de tentar controlar a atmosfera ao seu redor.
Fiquei surpresa ao saber que ela teve  a oportunidade de “ir muito para escola” pela vida itinerante de seus pais. Embora ela tivesse nascido em Santa Barbara, a partir da idade de três ou quatro anos, ela mudou-se para todos os cantos do país cerca de sete vezes. Aos dez anos (o que é um pouco tarde para se ir para o jardim de infância) ela voltou pra Santa Barbara, mas ela diz: “Eu não estava indo para grandes escolas, porque os meus pais não acreditavam na educação pública. Eles queriam que a minha educação fosse influenciada por sua religião, então eu estava indo para esses colégios cristãos que tinham um ensino estilo cursos á distância.”
Ninguém pode ajudar em relação ao jeito  burro, oprimido ou danificado que um pai deixa a educação de seus filhos.  Mas os pais de Perry não foram nenhuma dessas coisas. “O meu pai é hilário. É dele que herdei meu senso de humor”.
Bem, é claro que eu ia lhe perguntar de onde você herdou seu senso de humor. Perry (sem expressão): “Oh você já o viu? Ele é muito engraçado e brincalhão, com piadas práticas, mas ele é mais do tipo emocional e controlado. Quero dizer, minha mãe é bem emocional também, mas meu pai é a parte corajosa da família. Antes ele foi o pregador principal, então ele meio que teve este pequeno toque Pentecostal, mas ambos “renasceram” de novo. Portanto tem um pouco dele por trás de mim”
Ela diz que sua mãe era muito inteligente. “Ela foi para várias escolas para meninas em Carmel e depois para Berkeley e estudou no exterior, na Espanha. Ela fala francês, costumava ser pintora, mas agora é apenas no ministério. Na verdade, ela costumava a ser repórter. Ela queria ser Barbara Walters.” Difícil de entender por que uma mulher que entende o valor do estudo (e se beneficiou dele), pareceu desprezar a escola para seus filhos, Perry tem uma irmã mais velha que trabalha para ela, e um irmão mais novo, um músico. (Sra. Hudson esta declaradamente escrevendo um livro de memórias, que espero poder ler e analisar) Perry parece a perdoar por sua educação confusa, embora la reconheça (e lamente) suas fraquezas. “Eu tenho um problema de leitura”, ela disse, e ela tenta ouvir fitas e coisas que ajudem a fixar coisas em sua cabeça. Ela diz que seus pais são diferentes agora, estão longe de ser apenas tolerante em relação a sua vida e seu trabalho, ela diz que agora eles estão participando dela.
Perry começou a cantar quando tinha nove anos, na igreja, durante a coleta de “dízimos e ofertas.” Ela tinha ouvido falar pouco sobre “música secular” e coisas que a maioria das crianças americanas cresceram acompanhando, que foram simplesmente proibidas em sua própria casa. Mas depois da “tortura chinesa vinda de seus pais dia após dia” ela finalmente conseguiu se livrar disto. Ela escreveu e gravou um álbum gospel, quando tinha quinze anos.  Sua mãe foi com ela para gravar em Nashville. O CD não teve vendas, mas ela finalmente havia começado sua subida.
Enquanto nós nos sentamos no Old Adobe em meio as sombras, ela pediu ao garçom “alguns desses cookies” que estavam na recepção principal, com uma luz em seus olhos que me diziam que aqueles seriam “cookies perigosos”. Eu digo preventivamente, que tivemos um enorme almoço, e ela diz: “Você está me julgando? Você está dizendo que uma mulher não pode comer cookies?” - “Bem, Oláá”, disse uma voz do lado de fora, e havia um homem novo ali no meio-escuro. “Você conhece o Orlando Bloom?” Perry me perguntou. Nós dissemos Olá, e Miranda Kerr disse oi, e seu adorável filho Flynn também. É sempre engraçado ver celebridades do momento se conhecendo e cumprimentando uns aos outros. Todos mundo estavam se apresentando, exceto o bebê de Miranda.
Depois que os Blooms desapareceram, Perry disse “Por favor, posso mostrar a minha música para você?”  Eu disse: Você está brincando? Nós vamos para o seu carro?
Nós nos sentamos no carro dela. Ela conectou o telefone no carro e o ligou, e sua voz arrebatadora e emocional me chocou. Eu não estava nem com o meu notebook, nem com o meu gravador no carro. Então, eu não conseguia me lembrar das palavras muito bem (exceto a parte sobre  ”fotografias infelizes”, que eu lembro até mesmo a melodia) apenas do tom de sua voz e da emoção que rugia como uma concha no ouvido. É uma canção triste, muito triste. Não se trata de Russell Brand. É sobre o outro pássaro danificado.
Ela diz: “Eu espero não ter que viver como uma viúva.” O queeeee? “Uma viúva emocional”, ela explicou, e depois de uma pausa para pensar, ela disse: “Não, eu não acredito nisto. Mas eu acho que agora só irei concentrar em mim e no fortalecimento do meu sistema emocional.”
“Eu não estou em um relacionamento, sou apenas eu. Só eu mesmo em minha própria cama” e ela adicionou “Eu tenho que ser feliz sozinha, e eu sou feliz.”. Ela se esforça tanto, é isto o que ela faz. “Acredito que eu vou ser amada novamente, e da forma certa” com os olhos brilhantes ela olhou pra cima “Eu sei que valho a pena”.

Fonte: KPBR

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